How are things on the west coast?

Paul Banks, quem diria, deixou a carranca de lado e, visivelmente surpreso, soltou um pequeno "uau" e mandou beijinhos para o público no show do Interpol em São Paulo. Paul Banks, vocalista, arriscou algumas palavras em português e agradeceu calorosamente no final. Não lembravam, nem de longe, uma banda soturna criticada por sua presença de palco gélida. O momento "Love Will Tear Us Apart" é quando vem Lighthouse que faz todos pararem de dançar, pular e gritar e aquela iluminação sombria e a música linda pra logo depois chegar Heinrich Maneuver e Evile todos suados e cansandos dançarem, pularem e gritarem [ouvi gritos do tipo "Paul Banks me possua!"] enfim, Estes com uma sonoridade revival da década de 1980 aos moldes atuais. Músicas obscuras, com uma mistura de clima pesado e animador, letras para se pensar... Não é um som para ouvintes de Jovem Pan, mas sim para quem vive a música. Depois de anos de espera, finalmente os integrantes do Interpol desembarcaram nos trópicos tupiniquins para sua primeira apresentação na terra da garôa, foi levando todos e eu a um estado de êxtase que só o momento de poder contemplar uma apresentação “foda” pode proporcionar. Após uma hora e meia de show e ouvir músicas que estão entre meu “top ten”, saí sorrindo junto com o Paul Banks e o Carlos D; suado e acabado, mas feliz por ter visto ao vivo o que em tantas vezes me empolguei ouvindo na balada, em casa ou dentro do ônibus. De longe, minha banda favorita. O melhor show.